Balneário Camboriú
Aquela imagem de um RH atarefado com as demandas de folha de ponto/pagamento, contratação, treinamento e demissão já ficou para trás. Não que ainda não sejam tarefas tanto manuais como automáticas realizadas nos dias de hoje, mas a área passou a assumir um papel mais protagonista também dentro de uma organização. E deverá ser assim daqui para frente.
Uma das razões disso é a Revolução 4.0 ou também conhecida como 4ª Revolução Industrial, onde as diversas tecnologias impulsionam mudanças significativas no mundo, redefinido conceitos, hábitos e comportamentos, fazendo rupturas e redesenhando o papel de algumas profissões, como é o caso de recursos humanos, por exemplo.
De um RH manual e pouco participativo nos negócios de uma organização para um RH cada vez mais automatizado, lado a lado com o CEO, participando de modo muito positivo e decisivo nas metas, planejamentos e resultados.
“A tecnologia já vem ajudando cada vez mais com as novas startups que trabalham com seleção de profissionais, utilizando ferramentas tecnológicas e recursos que ajudam a neutralizar, por exemplo, o foco na diversidade para ter o cuidado escolher diferentes públicos – como homem, mulher, faixa-etária- com o intuito de selecionar alguém pelo potencial da pessoa, pelas habilidades, sem criar rótulos e discriminação”, conta Susanne Anjos Andrade, especialista em desenvolvimento humano e autora do best-seller O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil.
Mas, falamos tanto nas mudanças da área e ressaltamos quase que diariamente a importância da tecnologia nos processos em recursos humanos e gestão de pessoas, que esquecemos – algumas vezes – de falar de pessoas. É preciso atenção para não esquecer que nem tudo pode ser automatizado; que ainda há relações humanas e, portanto, existe e continuará existindo – para o nosso bem – pessoas por trás e à frente das máquinas.
Abordado em O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil, Susanne Anjos Andrade não deixa de discorrer sobre essa importância da humanização que, inclusive, é tema do Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas – CONARH esse ano.
“É importante que a empresa passe também por uma transformação de cultura, de uma gestão por conflito para uma cultura mais colaborativa, isso é o pressuposto básico para que as tecnologias funcionem. Quanto mais humanizar, menor o conflito, maior a colaboração, o foco em metas compartilhadas e os processos fluem justamente por conta disso. As travas das relações entre as pessoas são tiradas, por meio dessa humanização e o resultado acontece muito mais em menor tempo”, afirma.
A gente sabe que o RH do passado exercia uma atividade mais manual, menos ou quase nunca participativa nos negócios. Mas qual é então o recursos humanos de hoje e do futuro? Quais os principais desafios da área neste momento de constantes transformações? Para Susanne Anjos a metodologia ágil é um dos desafios. É ter um posicionamento mais estratégico.
“O RH deixa de ser um “tirador de pedido’ e passa a dar suporte a áreas. Para isso, ele precisa ter muita flexibilidade, inclusive, para atuar com o novo público que chega nas empresas hoje. E aqueles que já estão nas empresas precisam mudar o “mindset”. Eu diria que o desafio é a flexibilidade para atuar com o público que quer ser cada vez mais protagonista, que tem autogestão, preparando os líderes para sair do comando e controle, assumindo um papel mais servidor”, acrescenta.
Publicado originalmente AQUI
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